May Stéphane

Bom, essa semana eu fiquei de marcar alguns médicos e fazer alguns exames. Como os de sangue precisam ser em jejum, os farei na quarta - porque amanhã é feriado -. Tenho duas US pra fazer, uma da tireoide (ou do lugar que seria a minha, afinal eu removi em 2008) e abdomen total. Todos foram passados pelo meu endócrino, e além daqueles comuns (glicose, colesterol, triglirecideos), também farei os hormonais, para saber como anda minha testosterona (tenho ovários micropolicísticos e hirstutismo) e se o câncer continua sem dar sinais de vida, com a tireoglobulina. Na sexta não consegui marcar a consulta com o cirurgião, o hospital é meio devagar com o atendimento por telefone, mas continuo tentando. Também vou marcar o psicólogo e a fono.

Após mais de 1 ano de indecisão, agora hipertensa e com pré-diabetes, decidi realmente fazer a cirurgia. Estou consciente dos riscos, mas estou disposta a corrê-los. Quem é obeso mórbido sabe que é uma questão que ultrapassa a saúde física e a estética. É um situação na qual a maioria de nós já não sabe o que é auto-confiança. Com meus 1.64m de altura e 112kg, meu endocrinologista me indicou o procedimento. Ainda esta semana marcarei a primeira consulta e darei início ao processo preparatório.   É estranho sentir mais ansiedade por esta do que pela retirada de um carcinoma papilífero da tireóide, há quase 3 anos. Os 6 meses entre a descoberta do tumor e a radio-iodoterapia se passaram tão rapidamente que eu às vezes me pergunto se tudo aquilo realmente aconteceu. Bom, minha cicatriz me mostra que foi de verdade. Agora eu volto à luta de toda uma vida - a obesidade - e uma de suas consequências que mais me tiram o ânimo: o hirsutismo. De terapia com laser a cirurgia, a dor e o incômod