Em 25 de setembro de 2010, envio um e-mail ao meu pai. Esse foi um ano conturbado para essa relação pai-filha - exagerei no valor das coisas, disse coisas das quais hoje me arrependo, fui grossa, ressentida e mal agradecida. Resolvi parar e refletir sobre a origem desses problemas, percebi que tinha me isolado tanto do mundo, da família, dos amigos, e me apeguei de forma nada saudável às pequenas coisas. Eu estava infeliz, e tentava encontrar algo que ainda me desse algum prazer. Sou chorona, mas detesto derramar lágrimas em público. Guardo um mundo dentro de mim que eu dificilmente compartilho. Nesse já mencionado 25 de setembro senti a necessidade de abrir o jogo, justamente com a pessoa que eu considerava a causadora dos problemas. E numa resposta carinhosa e preocupada, mais uma vez me foi estendida a mão. E aí começou a saga da minha cirurgia. Conversando ontem com um amigo com quem há muito tempo eu não falava, ele me elogiou e me perguntou o porquê de eu ter chegado até aqui, s...